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Rios voadores: entenda o fenômeno e a relação com as queimadas pelo Brasil

Engenheiro florestal alerta sobre causas potencializadoras dos incêndios e maneiras de prevenção

30 de agosto de 2024, às 10h41 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos


As queimadas tornaram-se assunto nas últimas semanas e diferentes Estados do país, como São Paulo, Rondônia e Amazônia, registraram focos de calor, alertando toda a população e os órgãos responsáveis. Para se ter uma ideia, somente nos 20 primeiros dias deste mês, o número de queimadas na Amazônia superou o número total em relação ao mesmo período em 2023, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em meio ao cenário, um fenômeno precisa de atenção e tem agravado a proliferação de fumaças causadas por incêndios florestais: os rios voadores.

Foto: Shutterstock

Rios voadores, fundamentais para a segurança hídrica, são correntes de vapor d’água que se formam e se deslocam a grandes altitudes, transportando enormes quantidades de umidade da região amazônica para outras partes do Brasil e da América do Sul. Eles impactam positivamente o regime de chuvas em diversas áreas brasileiras, especialmente no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, mas com as queimadas e os últimos eventos climáticos, não é o que está acontecendo. Os rios voadores conseguem também transportar pequenas partículas sólidas, como as de fumaça provenientes das queimadas. Durante o seu deslocamento, essas substâncias suspensas na atmosfera acabam se misturando com o fluxo de vapor e se espalhando pelas regiões.

“Estamos vivenciando um período complexo, de seca e incêndios florestais. Essas nuvens carregadas, em vez de água, acabam transportando as fumaças tóxicas para diferentes regiões, causando sérios problemas para o meio ambiente e também de saúde, resultantes da má qualidade do ar”, explicou o presidente da Associação dos Engenheiros e Agrônomos de São Manuel e Região (AENSAM) e coordenador executivo da União das Associações do Centro Oeste Paulista (UNACOP), engenheiro florestal Luiz Gustavo Delgado.

Foto: Governo do Estado de São Paulo

O efeito rebote acontece porque a fumaça das queimadas se mistura com o vapor d’água liberado pela floresta e é levada pelas correntes de ar que perpassam o país. A fumaça absorve calor, aquecendo a atmosfera localmente e interferindo na circulação do ar. Esse aquecimento pode alterar padrões de vento e umidade, dificultando a formação de nuvens de chuva e contribuindo para um clima mais quente e seco. Neste mês de agosto, a Defesa Civil decretou alerta para São Paulo, que registrou baixa umidade relativa do ar com apenas 12%. Nesta semana, 48 municípios estão em estado de atenção para queimadas.

Cada um tem um papel importante para prevenir e impedir que esse cenário continue. A atuação de profissionais da área tecnológica, com o devido registro no Crea-SP, por exemplo, é fundamental para mitigar os impactos negativos.

Estudos, pesquisas e projetos voltados às queimadas para buscar formas de prevenção, incentivar e realizar treinamentos de capacitação para controle de incêndios e elaborar atividades de educação ambiental, são algumas das alternativas apontadas por Delgado. As ações de fiscalizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e de órgãos ambientais federais, estaduais e municipais também se tornam grandes aliadas no combate ao fogo.

 

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